OE 2013… E o Presidente? Versão para impressão
Quinta, 13 Dezembro 2012

cavaco-fisga_portugal-porreiro1Cavaco fará o seu papel de homem de direita, assinará de cruz o ataque à democracia. E é perante este cenário mais do que certo, que convém perceber desde já, como se comportam os partidos da oposição e os seus eleitos.

Artigo de Mariana Aiveca

Sem pompa, mas com a curiosa circunstância de uma mega declaração de voto, a direita aprovou a crueldade do seu orçamento.

Este é o Orçamento que irá ajustar contas com o passado, destruir o presente e hipotecar o futuro.

Que discurso “de improviso” terá Cavaco preparado para tão solene ocasião, é a pergunta que ecoa certamente na cabeça de milhões de pessoas.

Creio que Cavaco nos virá dizer com ar circunspecto, e sem pestanejar que, o bom senso deve imperar, que compreende as pessoas e as suas dores mas que o tempo é de sacrifícios, que os direitos sociais e laborais estão acima das possibilidades dos País, e só pode ser assim.

Virá justificar-se com os credores, os mercados, o défice, a competitividade, a Europa e o Tratado Orçamental.

Cavaco fará o seu papel de homem de direita, podendo até dizer que o governo deveria ouvir as pessoas mas o resultado da sua decisão é a de assinar de cruz o pacto que nos rouba os salários, as pensões, os subsídios de férias, de natal, de doença, de desemprego, de morte, que rouba em todos os complementos sociais.

Assinará de cruz a transformação da escola pública e a cultura num bem apenas para alguns, a saúde num bem inalcançável para quem recebe salários médios, a segurança social insustentável.

Assinará de cruz o ataque à democracia porque este orçamento impõe-se a todas as regras sociais e laborais existentes.

E é perante este cenário mais do que certo, que convém perceber desde já, como se comportam os partidos da oposição e os seus eleitos.

Do PS de Seguro o que temos ouvido é confuso e descomprometido. Exige-se do PS clareza de posição, disponibilidade para suscitar a fiscalização sucessiva deste embuste orçamental.

É perante este cenário que as lutas, se devem intensificar no sentido de condicionar não só o presidente, mas também, no momento imediatamente a seguir à promulgação, todos os partidos que se dizem contra este orçamento.

Estaremos com todas elas. Dos Estivadores à CP, da Faurecia à Administração Pública, dos professores aos trabalhadores dos consulados e missões diplomáticas, dos pensionistas aos/as precários, dos artistas aos estudantes.

Na rua, nas greves, no pedido de inconstitucionalidade. É neste combate, em todas as frentes que nos encontrarão.

Pela Justiça, pela dignidade, pela democracia.

 

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