Recentemente chegaram notícias do reinado do PS de François Hollande à frente do Governo francês.

Afinal, nada a que o povo já não se tenha habituado. Hollande e o PS francês fizeram, o que os PS´s sempre fazem: enganar e saquear as populações. Desta vez, inventaram, imagine-se o desplante destes trafulhas, a austeridade de esquerda.

Todos nós nos lembramos da euforia de alguns, os tansos do costume, aquando da vitória de Hollande. Agora é austeridades para cima do povo, na defesa intransigente dos interesses do poder económico.

Por cá a equipa do esquerda.net apresentou um dossiê intitulado, "Dez escândalos pagos pelos contribuintes". Notável trabalho daquilo que tem sido a governação de PSD/CDS e PS nos últimos anos. Para uns são os chamados partidos do arco da governação, para outros, a troika do arco da corrupção.

Tudo tem valido para saquear os portugueses, os 10 escândalos são: BPN: o assalto laranja ao país, Offshores do BCP: Banqueiros multados por manipulação de mercado, Fuga ao fisco e branqueamento de capitais: da "Operação Furacão" ao "Monte Branco", Quem ganha com as Parcerias Público Privadas?, BPP: Lucros para acionistas, buraco para os contribuintes, Privatização da água seca os cofres das autarquias e aumenta a fatura, Privatização do Totta: o jackpot de Champalimaud, Portucale, submarinos e financiamento partidário, Administração laranja acusada de fraude nos CTT, e por ultimo, Televisão Digital Terrestre: "Deu-se à raposa o galinheiro".

Esta extensa lista de negociatas concretizadas neste Portugal à beira-mar plantado é a demonstração da matriz dos partidos que nos têm governado, que se movem sempre na defesa dos mesmos interesses, que são antagónicos com os interesses das populações.

Nos tempos que vivemos, acreditar que é possível construir uma alternativa capaz de inverter o lamaçal em que o País se encontra, com algum dos partidos que têm esmagado o povo, é no mínimo delirar e fugir da realidade. Tanto num como noutro caso, o divã do psiquiatra ajudará a superar o problema e a trazer de volta a lucidez necessária.

Hoje, todos nós, homens e mulheres de esquerda, independentemente de ter ou não filiação partidária, devemos não só fazer um diagnóstico sério da situação em que vivemos e de quem nos trouxe até cá, como devemos apresentar soluções sérias e credíveis para sairmos do atoleiro em que nos colocaram.

A esquerda não pode falhar nem no diagnóstico nem na receita. Temos de ser ousados e romper com romantismos assentes na intrujice de que o PS um dia virará à esquerda. Nem cá, nem lá fora a intrujice acaba, pelo contrário engorda a cada dia que passa.

Qualquer dirigente de esquerda que se fixe no sonho esotérico de criar uma alternativa com intrujões, ficará irremediavelmente sem o apoio dos sectores mais progressistas e do povo, ficando apenas e só rodeado de políticos oportunistas desqualificados, já que até os oportunistas mais qualificados o abandonaram, percebendo que o povo não come mais pão podre.

Joaquim Dias