Esta guerra é contra o Povo Palestiniano Versão para impressão
Quarta, 09 Julho 2014

palestine 1Dezasseis pessoas mortas, doze são civis e, entre estas, cinco crianças. Mais de 130 ataques aéreos que destruíram alvos civis, mais de meia centena de pessoas feridas. É apenas o princípio de mais este capítulo de crimes contra o Povo Palestiniano.

 

Artigo de Bruno Góis

 

O Governo de Israel mobiliza 40.000 reservistas para uma possível/provável operação terrestre na faixa de Gaza. E Governo israelita, de Benjamin Netanyahu, já avisa que se preparam para uma campanha militar que não será de apenas alguns dias. O Povo da Palestina sofre e, com ele, também as e os israelitas anti-guerra que se manifestam contra a política sionista e militarista do seu governo.

O Governo Português já condenou, e bem, o homicídio do jovem Muhammad Hussein Abu Kheidir, de 16 anos. Porém o alcance destes atos odiosos é mais vasto: os crimes contra a Palestina são crimes contra milhares de indivíduos mortos ao longo dos anos, incluindo milhares de crianças, e cada uma dessas pessoas conta; mas são também crimes contra toda uma nação da qual estas vítimas mortais, todas as pessoas feridas, todas as famílias destroçadas, todo o território roubado e atacado formam parte. Tiram-lhes a vida pela morte individual e roubam o país às palestinianas e aos palestinianos sobreviventes. Nem ao luto, nem à esperança é dada a merecida paz.

À vista desarmada vê-se o recuo das fronteiras palestinianas perante o ataque sionista do Estado de Israel. E desde as restrições ao acesso à água, passando pelas revistas frequentes a civis da Palestina por parte de militares de Israel, o quotidiano é uma guerra permante. Agora o ataque sobe novamente de tom. A Palestina grita de dor, e a xenofobia traduz os nomes das vítimas mortais em menos que número pois cada pessoa palestiniana morta é menos sentida na Europa que um qualquer norte-americano que encrave uma unha. A xenofobia e o imperialismo caminham juntos.

Restaurar as fronteiras pré-1967 e estabelecer uma paz com desenvolvimento e solidariedade entre os dois povos e os dois países parece uma aspiração do outro mundo, algo impossível. Recordam-se? Até Obama, nem sei se o próprio ainda se lembra, deu declarações favoráveis ao regresso a essas fronteiras, em 2011. Muitas são as boas intenções, porém a prática é o silêncio e a colaboração com o terrorismo de Estado conduzido pelo Governo de Israel.

Bruno Góis

imagem: foto de Rusty Stewart

 

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