Ataques globais, lutas nacionais e europeias Versão para impressão
Domingo, 13 Junho 2010

Depois da grande Manifestação Nacional de 29 de Maio de 2010, já está marcado para o dia 8 de Julho um Dia Nacional de Protesto e Luta. São acções convocadas pela CGTP, mas onde todos, os que querem lutar pelos seus direitos e contra estas medidas de austeridade, têm lugar.

Importa ver como vamos continuar a juntar forças a nível nacional e internacional para ganharmos mais confiança e afastar o "medo social" que aqui e ali limita a participação de alguns, neste combate contra o roubo dos salários, a redução das prestações sociais, o aumento dos impostos, as privatizações e o ataque aos serviços públicos.

Este ataque executado em Portugal, pelo governo Sócrates em aliança com o PSD de Passos Coelho, é comandado e encomendado por "Bruxelas" aos vários governos europeus, como se verifica na Grécia, Espanha, Itália, França, Roménia, Dinamarca e até já na Alemanha onde as medidas aplicadas e as anunciadas têm o mesmo cunho anti-social e anti-laboral, sempre em favor do capital financeiro e em prejuízo dos povos.

Face às investidas dos governos, os trabalhadores respondem em cada País através das mais variadas formas de luta como paralisações sectoriais; manifestações; greves gerais, com maior ou menor intensidade em função das suas condições objectivas.

Ao nível nacional a CGTP tem vindo a desenvolver uma intensa campanha de esclarecimento, mobilização e luta que a seu tempo, "num tempo que seja favorável aos trabalhadores", nas palavras de Carvalho da Silva, levará à convocação duma greve geral. De referir que os apelos feitos à necessidade de todos os sindicatos convergirem nas lutas não podem ser ignorados.

Pelo prestígio que lhe é reconhecida a nível internacional, a CGTP tem de se empenhar com mais vigor e de forma audível na globalização das lutas especialmente na Europa.

Aqui e por essa Europa todos olhamos para os gregos e sentimo-nos irmanados com a sua capacidade de resistência e luta, que é feita também em nome dos trabalhadores europeus. Por isso a nossa solidariedade foi prestada no comício do Bloco em S. Pedro de Alcântara onde interveio um dirigente da coligação grega Syriza e antes com a nossa participação em comícios conjuntos em Atenas e Madrid.

O Die Linke vai promover no dia 18 de Junho de 2010 uma audição da sua bancada parlamentar sobre: Saídas da crise - qual é o caminho certo? e convidou representantes sindicais da Grécia, Portugal e Espanha.

São estes exemplos de iniciativas conjuntas, neste caso de Partidos e Grupos Parlamentares de Esquerda que devem ser multiplicados para exigir uma Europa Social e geradora de emprego.

E a nível do Movimento Sindical Europeu o que tem sido feito? - Muito pouco!

Parece que a resposta se torna evidente, porquanto durante esta crise global e com este brutal impacto social, só agora é anunciado pela CES- Confederação Europeia de Sindicatos a organização de um Dia de Acção Europeu em 29 de Setembro de 2010, sobe o lema: "Cortes Não, Mais Crescimento", centrado numa grande manifestação em Bruxelas, além dum máximo grau de acção possível em todos os países da União Europeia.

A CSI- Confederação Sindical Internacional, com o apoio da CES, está a preparar o Dia Mundial do Trabalho Decente em 7 de Outubro de 2010.

Como diz o povo: - mais vale tarde que nunca!

Para nós, além de criarmos as condições mínimas de participação na manifestação em Bruxelas, é fundamental fazer com que estas duas acções de âmbito internacional, tenham uma forte envolvência e participação dos trabalhadores da mais variada formas e no maior número de locais em todo o país.

Serão talvez, se o quisermos, as duas primeiras acções com alguma envergadura a dar o arranque à luta após as férias.

Nesta luta global que é difícil e prolongada, cabe aos sindicatos, partidos e movimentos dar dimensão europeia à recusa dos cidadãos a este plano de austeridade e apresentar alternativas consistentes de esquerda, não perdendo nunca de vista que o inimigo também está cá dentro.

Para isso é preciso disputar a opinião pública, para evitar o isolamento e dar continuidade à luta dos trabalhadores, acumular forças e manter em permanência o desgaste ao governo.

Francisco Alves, dirigente sindical

 

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