Sarkozy e a Xenofobia Versão para impressão
Segunda, 06 Setembro 2010
Diz-se na Carta dos Direitos do Homem que este nasce livre, mas na França de Sarkozy se esse homem ou mulher for cigano, mendigo ou muçulmano já não é assim tão livre. Em pleno século XXI são os países desenvolvidos quem toma as atitudes mais retrógradas e menos contribuidoras de justiça para um mundo que se quer que seja de igualdade de direitos e oportunidades. 

Artigo de Diogo Barbosa 

Temos assistido nestes últimos meses a esse processo na França de Nicolas Sarkozy que devido à sua politica de segurança tem vindo a expulsar ciganos romenos e búlgaros do país. 

Essa dita politica de segurança, que não passa de mais um acto de pura xenofobia, fez com que desde Julho deste ano fossem expulsos de França mais de mil ciganos aquando do desmantelamento dos seus acampamentos, desmantelamento que já havia começado no ano passado. No decorrer do ano passado foram expulsos cerca de onze mil ciganos de França para a Roménia e a Bulgária.

Como consequência deste acto de discriminação e xenofobia este fim-de-semana foi de protesto em várias cidades francesas onde se juntaram activistas em prol dos direitos humanos e vários sindicalistas e militantes de esquerda que se opõem ao acto bárbaro de Nicolas Sarkozy. Nem a Organização das Nações Unidas ficou indiferente a este acto e alertou o presidente francês para o seu discurso politico discriminatório. Alerta que o mesmo não ouviu, ou fingiu não ouvir, e continuou a sua demanda contra as pessoas de etnia cigana, e outras.


Convém referir que no passado as atitudes de Sarkozy já tinham deixado  muito a desejar e o presidente francês já tinha endurecido as suas politicas de imigração quando propôs que os imigrantes que roubassem ou mendigassem fossem deportados para os seus países de origem. Discursos houve dentro da própria administração contra esta proposta do núcleo duro da presidência francesa que ataca usando as estatísticas dizendo que um a cada cinco roubos era realizado por um romeno. 

Coloca-se também aqui uma questão pertinente, quais foram as condições em que estes imigrantes foram deixados pela politica de imigração francesa? Terão sido acolhidos por este pais ou discriminados desde a sua chegada? 


Uma das pessoas que insurge contra Sarkozy é o Ministro da Defesa, Hervé Morin, que diz que se está a instalar uma politica do ódio e do medo aos imigrantes. Com certeza Sarkozy não estará isolado nestas decisões que agradam as politicas de direita anti-democráticas e que promovem o ódio pelos que não são do país, ou que estão cá para tirar o emprego. 

As suas politicas xenófobas alastram-se em toda a linha e levantam-se as questões da nacionalidade onde uma das propostas é retirar a nacionalidade francesa àqueles que lá residem. Todas estas politicas são um atentado á dignidade humana daqueles que são expulsos e impedidos de residir no sitio que querem e de professar a sua liberdade de expressão pois o líder de um pais não quer que essas pessoas parasitem no pais dele.
Marx também falou da dignidade humana e da liberdade de expressão e decisão que está a ser retirada a estas pessoas de uma forma mais directa como o caso dos ciganos.

Estes atentados são pois atentados á dignidade daqueles que viram em França uma nova esperança que está a ser retirada por um presidente que não passa de uma pessoa xenófoba e que não respeita os direitos dos outros.

 

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