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Quinta, 12 Maio 2011

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O Bloco de Esquerda mostrou-se nesta convenção como um elemento vencedor.

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Artigo de Odete Costa


No passado fim-de-semana, dias 7 e 8 de Maio, teve lugar mais um momento marcante na história do Bloco de Esquerda. A Convenção de um movimento plural, de uma força política democrática e de confiança.

Nesta Convenção ficou demonstrado, uma vez mais, que o Bloco de Esquerda é um partido que não existe a uma só voz e que dá o direito de elevação a várias vozes, todas com a capacidade de reivindicar. Do debate claro de ideias só pode sair uma força coesa, sólida, capaz. Desta convenção saiu uma força renovada, uma força mais confiante, uma força pronta para a luta toda.

Os novos órgãos eleitos, Mesa Nacional e Comissão de Direitos, renovados na sua composição, assumem um compromisso de mudança e alternativa.

O momento da Convenção surge numa altura extremamente crítica para o estado económico e social do país. Neste momento o Bloco foi capaz de se assumir, uma vez mais, como uma força de alternativa com medidas concretas, capazes de romper com a hegemonia de direita. O universo do Bloco rompe em absoluto com as políticas neoliberais e capitalistas que nos conduziram à bancarrota. Foi por esta necessidade de ruptura com a exploração, com a injustiça e com as desigualdades que várias vozes se ergueram, que vári@s mulheres e homens se levantaram, que vários aplausos romperam e foi por esta necessidade de rompimento com o abismo social que, a maioria, anuiu pelo traçar de um caminho longo mas determinado.

O Bloco de Esquerda assume a frente de uma luta contra uma economia injusta, profundamente desigual e especulativa. Não estamos do lado do lucro fácil e do enriquecimento ilícito, estamos do lado das pessoas. Lutamos pelo estado social, pelas pessoas, pelas mulheres, pelos jovens, pelos menos jovens, pelos trabalhadores, pelos desempregados, pelos precários. Assumimos a frente de uma batalha contra quem nos conduziu à bancarrota, contra os donos de Portugal, contra os que tudo podem face aos que menos têm.

O Bloco de Esquerda mostrou-se nesta convenção como um elemento vencedor. Somos vencedores porque resistimos e resistir é vencer. Resistimos quando nos dizem que o mal é inevitável, quando nos dizem que a austeridade é necessária e o péssimo sucederá ao mau. Mas somos ainda mais vencedores porque não resistimos apenas, lutamos e lutamos com a convicção de que o futuro é possível, e lutamos porque acreditamos que este país ainda tem futuro!

Não estamos do lado do FMI, da troika, da direita ou da banca! Estamos do lado das pessoas!

Da Convenção surgiu uma vitoriosa força de diálogo, de convergência. Uma força que assume a unidade na esquerda. Pela unidade será possível uma esquerda mais forte, uma esquerda grande. A resposta de que o país precisa e os portugueses anseiam. A unidade em torno de uma esquerda que defende o SNS, a escola pública, os direitos laborais, a igualdade de género, o respeito pelo indivíduo, o direito ao emprego com direitos, o fim da exploração.

Desta Convenção saiu a certeza de uma esquerda de confiança, uma esquerda em luta pela justiça e igualdade. Saiu, também, o reforço de um movimento democrático centrado nas pessoas e na sua defesa. Saiu, vitoriosa, uma esquerda pronta para a luta toda, pronta para o 5 de Junho!

Odete Costa

 

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