A necessidade de lutarmos! A importância da greve geral! Versão para impressão
Terça, 22 Novembro 2011

GREVE_GERAL_24_NOVEMBRO4

Vivemos tempos de assalto aos direitos dos trabalhadores e dos povos. Vivemos num tempo de restrições de democracia, onde os mercados impõem “soluções” governativas sem que passem pelo veredito do povo, como na Grécia e em Itália. Vivemos tempos de crise política e económica por essa Europa fora, em que o directório se quer sobrepor na U.E., a países e povos, condenando-os à austeridade e ao empobrecimento forçado. O efeito de contágio está a minar a Europa e corre-se o perigo de se tornar global.

A necessidade de lutarmos nunca foi tão forte contra este assalto austeritário da troika internacional e nacional, contra as “inevitabilidades” que nos querem impor, em nome da chamada emergência social e de empobrecimento “activo”.

Ataca-se a democracia quando se pretende por em causa as funções sociais do Estado, em particular a saúde, a educação e a segurança social. Se restringe a prestação de um serviço público, se avança para a privatização de sectores estratégicos da economia.

Aprofunda-se as desigualdades sociais, atacando-se os setores mais vulneráveis da sociedade, cortando-se salários e pensões, roubando-se os 13.º e 14.º mês a todos os trabalhadores e a todas as trabalhadoras do sector público e reformados e reformadas da Segurança Social.

Aumenta-se o desemprego, a precariedade e a exploração. Mais de 1 milhão de trabalhadores estão no desemprego, 30% são jovens com menos de 25 anos, quase 2 milhões estão na precariedade, no entanto a receita é sempre a mesma altere-se a legislação do trabalho, para liberalizar os despedimento e tornando-os mais baratos, aumente-se o horário de trabalho que representará um corte nos salários de 6,35%, para diminuir os custos do trabalho no setor privado, quando somos dos que mais horas trabalhamos na U.E.. Ataque-se o direito à livre negociação e contratação colectiva, às organizações representativas dos trabalhadores. Individualize-se as relações de trabalho, nomeadamente na flexibilização dos horários, colocando falsamente em “pé de igualdade” negocial, patrões e empregados.

O governo e o patronato procuram por em causa o direito à greve com a definição de serviços mínimos que são máximos, procurando intimidar, ainda mais, os trabalhadores, tentando que estes renunciem de exercer um direito – o direito a fazer greve -.

Estamos num momento político em que é necessário resistir e lutar contra as políticas das troikas, em que temos ser solidários com os que sofrem em Portugal, na Grécia, na Itália, na Irlanda, etc. Estamos num momento em que é necessário uma viragem política, a construção de alternativas à esquerda, daí a importância da greve geral do próximo dia 24 de Novembro.

Cá como lá, é urgente coordenar a resposta e a alternativa em termos europeus. Trabalhadores, empregados, desempregados e reformados, mobilizados em torno de causas comuns é uma condição inelutável para o êxito de qualquer manifestação ou luta mesmo quando os seus resultados demorem a ser alcançados.

Participação e construção de maior confiança em torno dos objectivos da luta, fortalece o campo da luta, a resistência aumenta, impondo preocupações acrescidas aos governantes e ao poder, tal como ficou claramente evidenciado na Manifestação da CGTP de 1 de Outubro e na Manifestação Internacional de 15 de Outubro, nas lutas de 8 de Novembro do sector dos transportes, de 12 de Novembro da Administração Pública e agora com o êxito da Greve Geral de 24 de Novembro e com a ocupação do espaço da rua por parte das pessoas e dos trabalhadores, enquanto espaço a assumir de dignidade e de cidadania.

 

José Casimiro

 

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