Novo Estado tem de ter oposição Versão para impressão
Sábado, 11 Fevereiro 2012

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Hoje realizam-se várias acções de protesto contra a ACTA e uma grande manifestação convocada pela CGTP. E hoje comemoram-se 5 anos da grande vitória pela despenalização do aborto.

Nos últimos tempos acentuaram-se descontentamentos contra encerramentos de tribunais, retirada de direitos a dadores de sangue, diminuição de transportes públicos, etc. Todos os protestos são necessários. Simbólicos ou de massas, contra o encerramento do posto dos CTT, do centro de saúde, de autocarros ou comboios, as taxas moderadoras, as propinas, a diminuição do apoio social escolar, o acordo da concertação, a não difusão de TDT em centenas de localidades… É preciso protestar, motivos não faltam.

O Bloco tem garantido a apresentação de alternativa política e parlamentar e procurado alianças em tudo o que possa juntar forças e criar dificuldades à ditadura da troika, esse é o nosso elemento mais forte – esse é o elemento de continuidade garantida.

O elemento mais fraco é o da luta, é de pouca gente na rua, é o de disputar uma opinião pública de milhões de pessoas, é o de assumir a luta pela dignidade, a luta contra a ideologia da inevitabilidade. O elemento mais fraco precisa de ser revertido.

A criatividade é uma arma fundamental em momentos de refluxo. Uma ideia do camarada Fernando João foi aplicada em Santarém (e depois em outras localidades) com enorme sucesso. Tratou-se de colar cartazes fotocopiados nas montras das lojas encerradas, de um centro histórico abandonado, com a frase “aqui podia trabalhar gente”. Uma acção de 5 pessoas que demorou uma hora a fazer. O comunicado de imprensa teve larga repercussão, as fotos correram em todos os jornais locais e a população manifestou grande apoio.

E porquê? Porque a ideia exprime alianças sociais com sectores da pequena propriedade que estão a ser destruídas pela concentração de capital das empresas de distribuição e comercialização e pela pobreza crescente da população. Porque a concorrência é um jogo legalmente viciado para favorecer a burguesia e a finança mostrando como o Novo Estado abandonou a ideologia de que a competência, o mérito e a concorrência garantem oportunidades a todos. O Novo Estado decide EXCLUIR cada vez maiores camadas da população.

Se não formos audazes na disputa de alianças e na acção política abandonamos a opinião das massas ao populismo reaccionário que o autoritarismo alimenta. O autoritarismo quer sair vencedor desta crise: concentrando propriedade a uma escala nunca vista, fazendo recuar os direitos sociais muitas dezenas de anos e fazendo ganhar os partidos e a ideologia neo-conservadora e mesmo pró-fascistas.

É preciso juntar indignações e promover acções em todo o país.

Ganhar a rua é preciso – contra o Novo Estado.

Victor Franco

 

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