Primavera Árabe, Inverno Europeu? |
Quarta, 28 Março 2012 | |||
No Mundo Árabe, foram as politicas e os regimes autocráticos que fomentaram a revolta juvenil, foi a esperança num regime de eleições livres. Enquanto isso, a Europa continua insistir numa austeridade cega que nos há-de levar a ruptura. Senão vejamos. Em Inglaterra não foi muito afectada pela não adesão à moeda, ainda assim, tem-se registado uma contínua e significativa descida do nível de vida. Já em Espanha, o desemprego atingiu os 24 % e metade dos jovens está desempregado sem perspectivas profissionais. É visível o descontentamento, embora também em Espanha e um pouco por toda a Europa a opção do eleitorado foi a castigar os partidos existentes optando pelos partidos de direita. Em Portugal a situação é alarmante, o desemprego está nos 14% e contínua a aumentar. As medidas de um governo social-democrata, que insiste em cortar na condição de vida das pessoas, enquanto por outro lado, à semelhança de outros países, verifica-se um aumento dos salários dos gestores públicos e continua-se a engordar as contas dos senhores do capital. Cada vez mais se torna difícil encobrir a desigualdade de sacrifícios, os tumultos e a contestação intensificam-se. Por seu lado, o governo faz de tudo para impedir a mudança e toma medidas radicais; usa a força policial como aparelho repressor da livre expressão porque esta pode pôr em causa as suas medidas. Em suma, o que ao princípio parecia ser um “desafio económico” transformou-se numa crise e num desafio político com poucas expectativas. O que se pretendia que fosse uma Europa unificada depressa se tornou numa confusão de políticas, os cidadãos europeus aprenderam a dar o certo como incerto e o medo e instalou-se nos trabalhadores A Europa e o mundo só conseguirão reunir-se quando conseguirmos derrotar a direita e as suas políticas neoliberais. Ricardo Nunes
|
A Comuna 33 e 34
A Comuna 34 (II semestre 2015) "Luta social e crise política no Brasil" | Editorial | ISSUU | PDF
A Comuna 33 (I semestre 2015) "Feminismo em Ação" | ISSUU | PDF | Revistas anteriores
Karl Marx