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Segunda, 05 Outubro 2009
Os resultados eleitorais do passado 27 de Setembro, de onde a esquerda e muito em especial o Bloco de Esquerda saíram reforçados, obrigam-nos a manter a pressão sobre o "novo" Governo PS / Sócrates, no que concerne às grandes questões que têm afligido e castigado milhões de cidadãos que vivem do trabalho.
Artigo de Francisco Alves

É fundamental forçar a uma alteração da política económica, no sentido de criar justiça na economia, e este objectivo a que nos propusemos, deve ser colocado a um qualquer governo.

Isto, porque os problemas sociais resultantes da má governação, acrescidos da crise, continuam aí por resolver e a que importa dar resposta como:

- Ao desemprego cuja taxa em Portugal é já elevadíssima, prevendo-se que em 2010 possa atingir os 650 mil desempregados. Sendo que na União Europeia em Agosto/2009 estimava-se que 21,872 milhões de homens e mulheres estivessem no desemprego.

Estes são números oficiais que não reflectem, como sabemos, a verdadeira dimensão deste problema dramático, que em Portugal é agravado pelo facto de milhares de desempregados não receberem subsídio de desemprego.

- À precariedade laboral que não pára de aumentar, atingindo números e níveis de exploração inaceitáveis.

- À Segurança Social que é preciso reformar para que os direitos dos cidadãos sejam reforçados.

- À justiça fiscal que tarda a chegar para a maioria dos cidadãos.

- À necessidade de se levar a cabo um aumento real dos salários e das pensões de reforma.

- À garantia de manter e respeitar Serviços Públicos de qualidade, promovendo o seu reforço.

- À exigência da revogação dos Códigos de Trabalho, reconhecendo a centralidade do trabalho e respeitando a dignidade dos trabalhadores, garantindo desde logo o direito ao tratamento mais favorável, e a uma efectiva e séria negociação da contratação colectiva.

As respostas concretas que o futuro Governo der a estas e outras matérias, serão o sinal do caminho e sentido da sua politica. O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda não deixará de apresentar propostas que confrontem o Governo.

Para mim que não alimento nenhuma ilusão sobre para que lado o PS de Sócrates se inclina, não vejo outra forma que não seja o Bloco de Esquerda continuar a contribuir para criar uma ainda maior força social que lute por justiça na economia para ultrapassar esta crise e dar mais um passo para vencer esta falsa alternativa Socrática.

Francisco Alves, dirigente sindical

 

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