A terra que ficara conhecida pelas barricadas dirigidas pela CAP e pela mobilização reaccionária que se opunha, por vezes com uso de armas, às conquistas progressistas e mobilizações populares via nascer (pasme-se) uma sede do Bloco de Esquerda.

Quando o Bloco chega a Rio Maior, apoiando um grupo de cidadãos e cidadãs, independentes partidariamente mas não independentes da vida, quando desfila em arruada pelo centro distribuindo folhetos e sorrisos, há uma nova esperança no ar.

A esperança tornou-se uma palavra com sentido reforçado, mas tem uma nova batalha: enfrentar o extremismo populista de direita que chegou agora ao país. Paulo Portas fez uma campanha à Berlusconi e ganhou espaço político. Também o extremismo populista ganhou apoio de massas.

Mas é pela esperança que se juntam ao Bloco muitas e muitos que aspiram à transformação social. Uma transformação proclamada no programa mais ideológico de sempre do Bloco – um programa só possível porque a falência neo-liberal deu uma ajuda ao renascimento do socialismo e porque soubemos encontrar o programa alternativo que responde às massas. O socialismo tem um programa para Portugal apoiado por massas.

Hoje mesmo realizaram-se eleições na Alemanha ditando o crescimento da Esquerda e, mais uma vez, a falência da social-democracia.

A subida dos partidos de esquerda nas eleições alemãs e portuguesas é um dado muito positivo que ajuda à recomposição da esquerda europeia. Até porque para nós, europeístas de esquerda, a alternativa não se constrói num canto isolado.

Um espectro percorre a Europa...

Victor Franco