Unidade patronal! etc... Versão para impressão
Segunda, 21 Junho 2010

Parece que a unidade dos patrões não tira férias nem fins-de-semana: “Os patrões vão finalmente juntar-se. A AEP, AIP e CIP vão fazer uma fusão institucional das três organizações” lia-se no Diário Económico no passado dia 19 de Junho.


Artigo de Bruno Góis


1. A crise do capitalismo global e a derrota ideológica do neolirealismo foram convertidas, através de uma acção engenhosa de prática dialética, numa gigantesca ofensiva da burguesia contra o que restava da herança social europeia do Pós Guerra.


É neste contexto, ainda que sob o efeito de outras razões casuísticas, que os patrões portugueses procuram tornar mais leve e ágil a sua representação. Já não sentem a necessidade de, neste plano, se fazerem representar por diferentes associações: a unidade dos interesses dos vários sectores da burguesia é clara e pragmática: daí o “finalmente”. Já no que toca ao plano partidário, a táctica permanece outra, ou seja: criam e colonizam sempre um número razoável de partidos (os grupos dos PS's, dos liberais e dos democratas cristãos europeus) para disfarçar neles e no seu rotativismo a hegemonia real da burguesia.


No plano sindical, as burguesias forjam em cada Estado as UGT's necessárias para dividir os trabalhadores. É verdade que existe uma só Confederação Europeia dos Sindicatos, e do lado patronal existe a BUSINESSEUROPE (empresas privadas), a UEAPME (pequenos negócios) e a CEEP (empregadores públicos). Mas mais relevante que isso é o papel que as UGT's da Europa conséguem jogar na marcação de posição da CES.


2. Outro acontecimento deste fim-de semana, aparentemente de outra natureza, foi o apoio manifestado por Freitas do Amaral (historico do CDS e ministro do primeiro governo Sócrates) à recandidatura de Cavaco. Freitas chama a atenção para o "perigo" que uma “divisão da direita” favorecer não só Alegre como também o “fantasma” de um possível governo com a participação Bloco e PCP.


Somam-se a Freitas do Amaral, no apoio à unidade da direita, as vozes da conferência episcopal a demarcar-se da busca do “candidato católico” e, entre eles, uma voz mais ousada de um dos bispos dizendo que: apesar de não ter vetado a lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, Cavaco cumpriu o seu papel (conservador) com a declaração pública que fez contra o mesmo.


A direita não brinca em serviço!

 

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