Mar de lutas Versão para impressão
Domingo, 02 Maio 2010

Está na hora de juntar forças e realizarmos uma jornada nacional de luta e protesto no próximo dia 29 de Maio.

Artigo de Francisco Alves

Passado mais um 25 de Abril (já lá vão 36) e chegados a novo 1º de Maio, assistimos a um mar de lutas de norte a sul do país, recusando o congelamento dos salários; combatendo as privatizações; exigindo uma negociação efectiva da Contratação Colectiva e o fim da precariedade laboral.

Praticamente desde Janeiro/2010 que assistimos ao crescer da luta, impulsionada maioritariamente pela CGTP, e chegamos a Abril com a marcação de 28 greves e 19 manifestações.

Este mar de lutas tem envolvido um conjunto significativo de trabalhadores do Público e Privado e dos mais variados sectores de actividade com destaque mais recente para a greve dos transportes, realizada no passado dia 27 de Abril, e da luta nos CTT pela manutenção dos direitos e defesa do serviço público de correios contra a privatização da empresa.

Todas estas lutas, mais ou menos articuladas e convergentes, significam uma oposição clara ao PEC e é preciso estende-las aos desempregados e reformados para travar o desemprego e exigir a criação de emprego, suster o aumento da pobreza e o aprofundamento das desigualdades sociais, criando uma ampla mobilização social que permita elevar o patamar da luta, para responder de uma forma coesa e geral.

A proposta de reduzir e restringir o subsidio de desemprego, feita pela ministra do Trabalho na Concertação Social, constitui um verdadeiro acto anti-social contra os desempregados. É o exemplo concreto da necessidade e urgência que temos em combater na rua esta e todas as outras medidas inscritas no PEC.

Há outra resposta que passa por reduzir o desperdício e investir no emprego.

É certo que não podemos, nem devemos, queimar etapas na luta, mas é também certo que o prolongamento e repetição de lutas sectoriais pode prejudicar os resultados que queremos alcançar.

Nenhuma luta deve deixar de ser feita.

Está na hora de juntar forças e dar-mos um passo em frente demonstrando a nossa vontade e coesão na luta contra o PEC, conjugando esforços com a disponibilidade já assumida pelos sindicatos da Frente Comum e a Fenprof e realizarmos uma jornada nacional de luta e protesto no próximo dia 29 de Maio.

A situação do país e a vida dos que vivem do trabalho assim o exige.

Francisco Alves, dirigente sindical

 

A Comuna 33 e 34

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