A inspiração do Mercado |
Sábado, 20 Fevereiro 2010 | |||
Quando em 2005 Joseph Stiglitz* alertava nos seus artigos sobre a ilusão da economia Norte Americana, que dos seus 3,2% de taxa real de crescimento do PIB cerca de 1,5% seria devido a re-hipotecas; tornava-se evidente o estouro financeiro que os mercados iriam sofrer.
Artigo de Rui Abreu Demorou mais 3 anos e meio para que, o que parecia um último arfar especulativo, viesse a rebentar a monumental bolha que alimentava os mercados dos EUA e, por arrasto, os mercados internacionais. Na ausência de políticas redistributivas e socializadoras das economias, não faltam os seus representantes políticos que procurarão maiorias cada vez mais compressoras das convulsões sociais que se divisam. A economia social assim o obrigará. Os EUA, ponta avançada do Capitalismo Global, já dão todas as evidências deste novo fôlego do Mercado. A par da liberalização/privatisação da Democracia Representativa, com a aprovação por parte do Supremo Tribunal dos EUA da Lei sobre o financiamento das campanhas eleitorais, outros exemplos surgem, não menos preocupantes, sobre as soluções ultraliberais que se estão a implementar. O Estado do Arizona, perante uma alegada falência financeira, colocou à venda 9 das suas 10 prisões. A privatização da coisa pública está a ser levada ao extremo; até o corredor da morte vai ter o seu accionista. Futuramente, poderemos ver todos os agentes do sistema judiciário, a responderem em reuniões de balanço anual de contas, polícias e juízes a trabalharem à comissão. Tudo é previsível num Estado em que o longo braço da Lei está a ser substituído pela mão invisível do Mercado. *Professor da Universidade de Columbia
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A Comuna 33 e 34
A Comuna 34 (II semestre 2015) "Luta social e crise política no Brasil" | Editorial | ISSUU | PDF
A Comuna 33 (I semestre 2015) "Feminismo em Ação" | ISSUU | PDF | Revistas anteriores
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