A criatura mais estranha da Terra Versão para impressão
Sábado, 04 Dezembro 2010

Poema de Nazim Hikmet Ran

 

 És como um escorpião, meu irmão,

 vives na escuridão covarde

    como um escorpião.

És como um pardal, meu irmão,

sempre a piar como um pardal.

És como  uma ostra meu irmão,

fechado como uma ostra, contido

E és assustador, meu irmão,

    como a boca de um vulcão extinto.

Não um,

não cinco

infelizmente, contabilizas milhões.

És como uma ovelha, meu irmão:

    quando o pastor levanta a sua vara,

      rapidamente te juntas ao rebanho

e vais, quase com orgulho, para o matadouro.

És a criatura mais estranha na Terra-

ainda mais estranho que o peixe

  que não consegue ver o mar no meio da água.

E a opressão no mundo

      é graças a ti.

E se estamos com fome, cansados, cobertos de sangue,

e ainda estamos a ser esmagados como as uvas para o vinho,

          a culpa é tua,

Eu mal consigo dizê-lo,

mas a maior parte da culpa, meu querido irmão, é tua.

 

Traduzido por Fabian Figueiredo

do Inglês: The Strangest Creature on Earth 

 

 

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