Chamem as massas, vamos à luta! Versão para impressão
Segunda, 22 Novembro 2010

Hoje mais do que nunca é necessário reavivar memórias e pensar o passado. Pensar o que falhou, o que mudou e o que não se alterou. É nesse sentido que o movimento social tem que surgir.

Negar a história é negar a revolução, sabemos e conseguimos prová-lo: as grandes reviravoltas surgiram de lutas que inevitavelmente envolveram massas. É a contestação e a luta que traz a mudança e que permite o avanço e o progresso.

A contextualização histórica recente da luta de massas portuguesa tem como rosto o 25 de Abril, no entanto muitas outras lutas se sucederam. Antes e depois de Abril o povo uniu-se para reclamar e contestar algo.

Desde mudanças radicais de sistemas políticos a reformas de pequenas medidas, tudo esteve do lado da maioria. E mais uma vez cabe-nos a nós decidir.

Todas as lutas que envolvem forças conjuntas e um objectivo comum são importantes, são nelas que nos revemos como homens e mulheres, solidários, verdadeiros... Nas grandes lutas não somos muitas pessoas, somos uma. Gritámos a uma só voz, lutamos a uma só voz. Porque juntos somos fortes e ganhamos. O passado prova-nos isso mesmo, e não é preciso ir até ao Maio de 68, basta verificar o que aconteceu na última manifestação nacional do ensino superior, onde o protesto abriu espaço para que as questões estudantis fossem reflectidas.

Estamos em vésperas de Greve Geral. E o que significa esta greve para nós? O que significa esta greve para milhares de desempregados, de precários, de estudantes e de trabalhadores? Significa tudo, a greve é a esperança de quem ainda não desistiu. Todos os outros, os que desistiram encontram-se agora numa viagem em piloto automático do sistema, consentiram, e consentir não é de todo alternativa.

A greve foi ontem e é hoje uma arma que devemos usar a nosso favor, o nosso maior valor é fazer o mundo andar e se não temos condições para andar simplesmente paramos. E tem que ser essa a nossa força dia 24, temos definitivamente que fazer o país parar! Contra a austeridade, contra a asfixia financeira que nos impõem, nós respondemos com a greve geral, com uma forma de luta testada e capaz!

Porque de facto a greve não é um direito, são muitos, e dia 24 será definitivamente o primeiro dia das nossas lutas! Quem não pára consente! Não consintas, pára!

André Moreira




 

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