O Bloco Central já tem um orçamento, há muito tempo, em linhas gerais chama-se: PEC.
Artigo de Bruno Góis
A tese: 'Governo suspende negociações e promete demissão se PSD chumbar o Orçamento'
(in manchete do Público, 24set2010)
A antítese: 'PSD não negoceia... mas vai deixar passar o Orçamento'
(in manchete do Expresso, 25set2010)
A síntese: 'Cavaco "força" diálogo PS-PSD para Orçamento, Sócrates mantém tensão'
(in manchete do Público, 25set2010)
Ou nada-disso: Aquelas 3 manchetes, uma de sexta-feira e duas de sábado, resumem o discurso da pseudo-crise-política PS-PSD:
O Bloco Central já tem um orçamento, há muito tempo, em linhas gerais chama-se: PEC.
Porém encenam esta briga de novela: "diz que me amas!", "diz tu", "tu
já não me amas :(", "amo-te muito", "não amas nada...", "amo sim",
"amas, amor?!", "amo sim", "não, tu já não me amas..."
O
PS vai agarrar-se ao poder até não poder mais e o PSD só vai querer
derrubar o governo, quando as sondagens lhe derem indicadores fortes de
vitória a solo ou com a muleta CDS.
O "aqui d'El-Rey" desta pseudo-crise política PS-PSD é respondido prontamente por Cavaco. O
Centrão finge estar em cisão e o Cavacão arma-se em conciliador daquilo
que já estava concilidado: uma união de facto, há muito, consumada por
PEC's, actos e omissões.
Dinamizar um movimento
para vencer Cavaco é abrir as brechas necessárias para quebrar o betão
armado do arco da governação falhada.
Artigo de Bruno Góis
|