Vamos todos dar a mão e saltar para o buraco! |
Segunda, 11 Novembro 2013 | |||
Porque é que a única oposição que António Costa consegue fazer a Seguro são os debates quinzenais? Na Quadratura do Círculo, na semana passada, António Costa criticou severamente a decisão de alargar os debates mensais na A.R. para quinzenais. «Uma das ideias mais estúpidas» foi proposta por António José Seguro, ainda na Governação de Sócrates. Segundo António Costa, a maior periodicidade dos debates só piorou as relações entre os líderes dos vários partidos, o que nada ajuda a Democracia. Procurando um «largo consenso» para a saída de Portugal da crise, o que Costa defende é uma aproximação a um Governo que faz exatamente o contrário do que é preciso para tirar Portugal da depressão em que se vê mergulhado. O ataque à Constituição não se prende apenas com a destruição do Estado Social mas também com a adulteração da própria forma de olhar a democracia. E como António Costa gosta de o fazer. Se há alguém que quer rasgar o maior consenso na política portuguesa são os partidos do centrão, que todos os dias põem em causa a Constituição. Nunca como agora se exige uma escolha pela defesa da Constituição ou pelo consenso em torno da sua destruição. É essa a democracia que hoje se exige, nas eleições e nas ruas. É este o buraco do centro. O consenso entre os apoiantes da TROIKA rumo ao abismo, onde a Direita mais radical que Portugal já conheceu em Democracia pede a mão aos que aprovaram anteriormente a austeridade sem FMI. A barbárie só pode contar com uma esquerda anti-capitalista que não espera, mas faz acontecer. Se assim não for, cai o social-liberalismo e quem se quiser agarrar nele. Luís Monteiro
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A Comuna 33 e 34
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