Cidadãos/ãs de Israel acusam Israel de genocídio |
Sexta, 01 Agosto 2014 | |||
Boycott from Within enviou a seguinte carta para o Gabinete do Conselheiro Especial em Prevenção de Genocídio das Nações Unidas. Exortamos outros a fazer o mesmo aqui. Poderão usar esta carta como modelo.
BOYCOTT! Supporting the Palestinian BDS Call from Within
Cara/o Senhora/Senhor, Somos cidadãos/ãs de Israel que se opõem às políticas colonialistas, de ocupação e apartheid do nosso governo contra o povo palestiniano assim como às suas acções que podem configurar-se como genocídio. Escrevemos-lhe na sequência de treze dias de um massacre que está a decorrer, o qual está a ser perpetrado por Israel na Faixa de Gaza sitiada. Enquanto o número de vítimas vai crescendo, ele está agora em 400 mortos e 3100 feridos. As Nações Unidas declararam através da UNICEF que mais de um terço das vítimas são crianças. Como bem sabe, este massacre foi precedido por um mês de violência massiva e perseguição política por parte dos israelitas na margem ocidental ocupada, incluindo a prisão de centenas de homens e rapazes ditos "militantes do Hamas". Entretanto, bandos israelitas percorrem as ruas das nossas cidades, gritando os arrepiantes cânticos "Morte aos Árabes" (e também "Morte aos Esquerdistas"). Não se pode ignorar o facto de que, especialmente durante este ano que foi declarado pelas Nações Unidas como "ano da solidariedade com o povo palestiniano", que dois massacres semelhantes foram perpetrados por Israel num curto espaço de seis anos; que Gaza sufoca debaixo do cerco hermético de Israel; que Israel tem perpetrado de forma contínua uma limpeza étnica contra os povos indígenas da Palestina desde 1948 até aos dias de hoje; e que Israel acredita que pode exterminar centenas de Palestinos em Gaza todos os anos e que o pode fazer em total impunidade. As Nações Unidas declaram que "Onde ocorrerem genocídios, crimes de guerra, limpezas étnicas e crimes contra a humanidade, o Tribunal Penal Internacional, que é separado e independente das Nações Unidas, tem o poder de investigar e perseguir aqueles que são os mais responsáveis caso um estado não queira ou não seja capaz de exercer jurisdição sobre os alegados perpetradores." Israel está bem para além do ponto da prevenção e nós, seus cidadãos/ãs privilegiados/as, estamos aqui acusando-o de genocídio. Exigimos que o seu gabinete faça tudo o que estiver ao seu alcance para parar o genocídio que está a acontecer por parte de Israel. Exigimos que tome medidas imediatas para impedir o genocídio de Israel contra o povo palestiniano. Iremos acompanhar os passos que V. Exª der relativamente a este assunto. Cordialmente,
tradução de Almerinda Bento para A Comuna
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A Comuna 33 e 34
A Comuna 34 (II semestre 2015) "Luta social e crise política no Brasil" | Editorial | ISSUU | PDF
A Comuna 33 (I semestre 2015) "Feminismo em Ação" | ISSUU | PDF | Revistas anteriores
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