Vivemos o tempo de todas as recomposições. O capital tenta a sua recomposição, projetando um novo quadro social caracterizado pela desvalorização do trabalho, pela eliminação gradual do salário indireto e pelo fim da segurança dos trabalhadores, generalizando-se a precariedade e eliminando-se a proteção no desemprego. Acontece que o capital não é a única força a recompor-se. O 15 de setembro, a manifestação de 29 de setembro e o apoio crescente à esquerda anti-troika mostram que do lado do trabalho, também há vontade para lutar por uma recomposição de forças que destrua a austeridade.
Faleceu esta segunda-feira o historiador marxista Eric Hobsbawm, aos 95 anos. Este vídeo presta tributo ao autor das obras de referência: A Era das Revoluções (1962), A Era do Capital (1975), A Era dos Impérios (1987) e a Era dos Extremos (1994).
Dia 28 de Setembro assinala-se o dia de Ação Global pelo Aborto Legal, Gratuito e Seguro. (...) O corpo feminino desapropriado, sem voz, forçado a um só destino, ausente de direitos e de escolhas, tem de ser substituído por um ativo, revolucionário e determinado a conquistar o direito de dispor sobre si próprio, da sua sexualidade e da decisão ou não pela maternidade.
Faleceu na manhã de quinta-feira, no Rio de Janeiro, o académico e político marxista brasileiro Carlos Nelson Coutinho (1943-2012). (...) Defensor de que "Sem democracia não há socialismo, e sem socialismo não há democracia", Carlos Nelson nasceu na Bahia em 1943 e consagrou-se no estudo do marxismo no Brasil como introdutor (junto com Leandro Konder) e tradutor do húngaro György Lukács e do italiano Antonio Gramsci.
O milhão que ontem saiu à rua tem agora a responsabilidade política de não deixar que o Governo caia para ser trocado por um qualquer tecnocrata, como aconteceu na Grécia e na Itália.
Muitos estudiosos do Pensamento Político, se atentassem ao título acima expresso, julgar-me-iam vindo da Parvónia. Mas a realidade que virei a descrever comprovará e justificará o título adotado. Os factos históricos que apresentar inserem-se num contexto histórico específico: o 11 de Setembro de 1973 e o Terrorismo.
A destruição de um país sem qualquer remorso, sem vergonha, o desrespeito, a sobranceria, o sadismo de quem está por detrás de tudo isto, faz crescer em mim uma onda de indignação e de raiva tão crua, tão pura, tão intensa, que da ponta dos dedos só me saem impropérios indignos deste espaço e de mentes mais sãs ou sensíveis do que a minha.