A Crise na Europa e as Greves: Revolução Social ou Táctica Reformista? |
Terça, 03 Agosto 2010 | |||
Numa altura em que na Grécia estavam marcadas catorze greves gerais, convocadas pela Confederação Nacional de Sindicatos que, tal como no caso português, é controlada pelo KKE (Partido Comunista Grego), as sondagens indicaram uma descida das forças de esquerda socialista e um acréscimo percentual do Partido Socialista e da Direita Grega. Ao contrário do que alguns esquerdistas pela Europa idealizam, a Grécia está longe de uma Revolução Anti-Capitalista e muito por culpa do revisionismo que ainda reside com muita confiança no KKE. Juntando o KKE ao partido Comunista Português e analisando-os, sabemos que são os partidos comunistas europeus que não se reformaram depois da Perestroika, continuando a afirmar-se com uma política estalinista economicamente seguidora da soviética e são também aqueles que continuam a ter um apoio social considerável (cerca de 7% em sondagens e resultados eleitorais). Mas mais importante do que a análise histórica é a percepção das suas tácticas na sociedade civil. E agora falo de sindicalismo: controlo sobre grande parte dos sindicatos nacionais; greves e protestos reformistas, de defesa do trabalho e do salário; afastamento estratégico para com um impulso social de verdadeiro combate anti-capitalista, que vai para além da defesa dos direitos dos trabalhadores e luta pela revolução socialista. É sabido também que o dogmatismo do resto das forças políticas de Esquerda não permite que haja um «Bloco de Esquerda» grego e isso alarga ainda mais o espaço de intervenção de toda a ala neo-liberal grega, desde quem governa até á Direita mais conservadora. É altura de olhar para o caso grego e orgulharmo-nos da criação do Bloco de Esquerda, que rompe com o dogmatismo obsoleto à Esquerda do PS e do PCP e cria um espaço de intervenção social capaz de responder e acompanhar (numa perspectiva pós-leninista da organização do partido-movimento) a contestação social, criando as condições para uma revolução popular. Luís Monteiro
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A Comuna 33 e 34
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