Austeridade, a solução mais fácil Versão para impressão
Domingo, 13 Março 2011

 

Num momento de intensa luta popular o governo prepara-se para implementar a única medida que o capitalismo contempla, a austeridade. Quais as respostas da esquerda? Quais as respostas das pessoas?

Nos próximos tempos estão previstos dezenas de protestos, protestos esses que estão a mobilizar milhares de pessoas. Cidadãos que se vêm agora confrontados com a realidade deste sistema em que a injustiça reina.

Houve um notável despertar para toda esta situação, porventura impulsionado pela música dos Deolinda. A verdade é que mais uma vez a cantiga se mostrou uma arma, e acabou de erguer aquilo que parece vir a ser o mais recente movimento social português.

E perante toda a contestação social que se avizinha o executivo de Sócrates prepara a resposta ideal, a resposta irracional, a mais fácil: a austeridade. A única que alimenta este sistema gasto, que mais tarde ou mais cedo irá fazeer cair o capitalismo. E é importante, neste momento, crucial a nível económico e social, denunciar o verdadeiro inimigo da sociedade. A precariedade é apenas uma criação do capitalismo, a sua mais recente produção. Enquanto que a austeridade é uma das suas grandes armas.

Uma arma que nunca serviu as pessoas, que sempre se manteve fiel ao capital  e que constitui uma medida irracional a todos os níveis.

E é esta a medida que Sócrates e companhia têm vindo a tomar, e agora sem qualquer hesitação reforçam-na. Reforçam-na em nome da irracionalidade e dos princípios neo-liberais.

Foram estas medidas e este governo que o Bloco de Esquerda censurou. E hoje para todos aqueles que duvidaram da decisão política do Bloco aqui têm a prova de como ela era a mais acertada. A irracionalidade não pode governar um país.

Permitir que este tipo de politica governe, é garantir a sobrevivência desta ditadura camuflada, desta ditadura económica, a que nos tentam aprisionar.

E agora? Qual a reacção da esquerda? A reacção da esquerda só pode ser a reacção da democracia, e se este governo não caiu no parlamento cairá certamente na rua. Porque afinal de contas o povo é quem mais ordena. E assim será enquanto houver democracia.

Juntos, por todos, daremos voz à revolta generalizada. Ninguém vence a democracia.

André Moreira

 

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