Igualdade e oportunidade para todos! Versão para impressão
Terça, 10 Abril 2012

 

paraisopolis

A luta maior que a esquerda tem de travar nos próximos tempos é aquela que se deve assumir como a luta máxima pelos direitos dos cidadãos, a luta pela igualdade.

Esta tem de se fazer a toda a linha contra aquele que é o governo que tem na sua pauta a triste sinfonia de retirar aos portugueses os seus direitos adquiridos. O maior escândalo passa-se na Segurança Social com os sucessivos cortes nos subsídios, a diminuição do tempo do subsídio de desemprego, o recente anúncio do fim das reformas antecipadas, o novo código do trabalho, o fim das indemnizações a quem seja despedido e tenha contratos a termo certo.

A isto seguem-se todas as restantes políticas, na educação com o já anunciado aumento das propinas para o próximo ano lectivo, a diminuição dos casos de atribuição de bolsas de estudo e o corte no valor das que já existem.  O acesso ao ensino superior torna-se assim cada vez mais diminuto e com um claro objectivo, a meritocracia e a mercantilização do ensino como se este fosse um negócio, na realidade é cada vez mais contra isso que a esquerda deve lutar.

E este governo com o claro apoio da JSD que agora diz que luta contra os direitos adquiridos leva a sério este mote que vai no sentido de favorecer os que já têm tudo e de tirar aos cidadãos aquilo que é deles por direito e que aos poucos faz com que a sociedade vá recuando até ao século XIX onde apenas vinga quem detém o poder, o capital e as restantes pessoas vão sendo escravizadas, que é o que acontece com os estágios não remunerados, por exemplo.

Na saúde, com o aumento das taxas moderadoras e o encerramento consecutivo de serviços de urgência e com o asfixiamento dos hospitais no interior do país, com super unidades hospitalares que não estão concebidas para dar resposta às reais necessidades das populações...

É contra este escândalo que a sociedade tem de lutar, ir para a rua contra os programas de austeridade que a pouco e pouco vão fazendo com as pessoas percam tudo aquilo que é delas por direito, da educação à saúde, passando pelo trabalho onde se vão retirando aos poucos os direitos no sentido de acabar de vez com eles. Pelo caminho vão usando um memorando de entendimento como desculpa para atacar ainda mais as pessoas com a colaboração de uma forte e violente abstenção do PS que ajuda assim a aprovar orçamentos de estado e códigos do trabalho que apenas penalizam a população.

Tudo isto faz com que na sociedade não exista aquilo que está inscrito na Constituição que é o direito à igualdade, uma conquista que esta politica de direita está a deitar por terra com o seu neo conservadorismo que faz uma pressão tal que instaura o medo nas fábricas, em todos os locais de emprego, pois se houver greve existe o medo do despedimento por o contrato de trabalho não ser o que protege o trabalhador mas sim o patrão que pode despedir a seu belo prazer. É o direito à igualdade que não existe nas escolas e nas instituições do ensino superior, pois com a sua cada vez mais crescente mercantilização não permite que todas as pessoas possam aceder à sua formação deixando-a apenas para quem tem posses económicas.

São estas as razões, aliás a razão mais fundamental, que é de que todos dentro das nossas diferenças somos iguais e temos os mesmos direitos, que a mobilização na rua, nas escolas, nas fábricas deve ser feita contra o governo da troika que está cada vez mais a asfixiar os portugueses e levá-los ao caminho do desespero e da escravatura economicista do século XXI.

Se este governo não é capaz de governar então que abandone para dar lugar a quem se preocupa com as reais necessidades das pessoas e não em cumprir acordos que destroem todo e qualquer direito sem olhar às necessidades de cada um, usando apenas uma calculadora e a certeza de que estão a destruir a vida das pessoas e o futuro das próximas gerações.

Contra o governo da troika e pelo direito real à igualdade, a mobilização e a luta pelos direitos adquiridos.

Diogo Barbosa

 

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