Não há fumo, sem fogo Versão para impressão
Quarta, 20 Fevereiro 2013

grandolaesquinaamigoNa semana em que se cantou a Grândola no parlamento; a convocatória da CGTP, o povo saiu à rua em dezenas de cidades a dizer que é quem mais ordena; mais uma vez os números do desemprego (1.475.000 pessoas, equivalem a uma taxa real de 25,7%) vieram desmentir o governo no seu otimismo quanto à evolução económica, cuja melhor encenação ocorreu aquando do chamado "regresso aos mercados", ao mesmo tempo que sabia do crescimento imparável do défice e da dívida soberana, bem como da queda estrondosa do PIB.

Artigo de Francisco Alves

A realidade confirma, não há fumo sem fogo – a mentira é uma arma para este governo.

É uma evidência a degradação das condições de vida e trabalho da grande maioria dos cidadãos, o empobrecimento é generalizado, pelos cortes nos salários e pelo brutal aumento dos impostos; o direito à habitação é posto em causa pela "lei dos despejos"; o direito à saúde é limitado no acesso aos hospitais e quando as pessoas, em especial os reformados, já não compram os medicamentos de que precisam por falta de dinheiro; o direito à educação não é assegurado, quando se põe em causa a Escola Pública e os direitos dos professores, ao mesmo tempo que há imensos alunos obrigados a saírem das universidades por não conseguirem pagar o elevado custo das propinas; na segurança social a austeridade faz-se sentir nos cortes aos direitos de proteção social em geral e muito significativamente na proteção à violência do desemprego, apenas 383.500 pessoas, 26% dos desempregados têm hoje alguma prestação que lhes permita viver com um mínimo de dignidade. É preciso alterar esta situação e exigir que todos tenham direito a apoio social.

Com o aproximar da 7ª avaliação da Troika, o governo a pretexto da sua cândida " reforma do estado", começou a bombardear-nos com a ideia e a preconizar que o corte às funções sociais do Estado de mais 4 mil milhões até 2014, e mais 3 mil milhões em 2015, devem ser permanentes. Isto é inaceitável e pelo contrário, exigimos que nos devolvam o que nos roubaram.

Sabemos que há alternativas a esta ditadura dos mercados financeiros internacionais, não aceitamos e queremos acabar com este regime de austeridade e autoritarismo que nos é imposto, por isso vamos agir agora, exigindo a demissão do governo e que a palavra seja dada ao povo para decidir da sua vida.

As lutas, pequenas ou grandes, são importantes para resistir e passar ao contra-ataque, cabe à esquerda estar presente e unida em todas elas.

Voltar a encher as ruas pelo fim do governo da troika, já no dia 2 de Março, é aquilo a que todas e todos estamos obrigados.

Por um Governo de Esquerda.

Passos/Troika rua!

 

A Comuna 33 e 34

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