Da liberdade individual à emancipação social Versão para impressão
Domingo, 22 Fevereiro 2009

Muito preocupado anda o conservadorismo português e tem fortes razões para isso: Depois da vitória nessa grande batalha de mais de 20 anos para legalizar a IVG, que representou o fim de um flagelo social, seguir-se-á outro grande avanço civilizacional da nossa sociedade, o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Texto de Alex Gomes

Fará toda a diferença para muitos casais lésbicos, gays, bissexuais e transgéneros.

A morte digna a que teve direito a italiana Eluana Englaro ao fim de tantos anos de coma abriu a discussão sobre a eutanásia não só em Portugal, mas em toda a Europa.

A proposta para a legalização das drogas leves com o objectivo de separar os mercados de drogas também terá que voltar a ter, obrigatoriamente, lugar.

A ideologia proibicionista perde terreno todos os dias, até mesmo dentro das fileiras dos que têm como objectivo erradicar as drogas do planeta.

Todas estas causas são diferentes, mas todas têm algo em comum: A garantia de direitos individuais que não põem em causa a liberdade colectiva constitui um passo importante para uma sociedade mais emancipada e livre de preconceitos, mais justa e solidária. Precisamos dessa sociedade se queremos continuar a avançar para um mundo melhor.

Marx e Engels afirmavam no Manifesto do Partido Comunista que "Nós, comunistas, lutamos para substituir "a velha sociedade burguesa com as suas classes e oposições de classes" por "uma associação em que o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos".

Convém relembrar o que alguns jovens da UDP há pouco menos de um ano, escreviam: "Para nós, lutar pela liberdade individual não pode ser diferente de lutar pela emancipação social." (...) "Os jovens ao lutarem contra o conservadorismo e pelas liberdades individuais entram em fricção com o aparelho ideológico do Estado actual. A partir desse momento, estão a lutar pela Sociedade que querem" (...) "Ao lutar pelas liberdades individuais os jovens definem que não querem uma sociedade conservadora nem um estado autoritário. Como é que se dá o salto para a luta por um outro estado, um Estado socialista?". (...) "As causas trazem os jovens para o activismo e despertam-nos para as questões do colectivo. É na luta pelas causas que se combate, num primeiro momento, a ideologia dominante que o Estado actual difunde."

É este o principal medo dos nossos velhos conservadores: Uma sociedade que pensa é uma sociedade que participa, é uma sociedade livre e dinâmica. É preciso continuar a dar passos neste sentido. Nada nos será oferecido, mas tudo poderá ser conquistado.

Alex Gomes

 

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