A CONCORD, Confederação Europeia de Organizações Não Governamentais, elaborou recentemente um Manifesto intitulado “A União Europeia e a sua Responsabilidade no Mundo”, onde denuncia que os países ricos não cumprem as ajudas prometidas alertando para o provável incumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio em 2015.

Texto de Ana Cansado

A CONCORD, Confederação Europeia de Organizações Não Governamentais, elaborou recentemente um Manifesto intitulado “A União Europeia e a sua Responsabilidade no Mundo”, onde denuncia que os países ricos não cumprem as ajudas prometidas alertando para o provável incumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio em 2015.

Lembrando que o Parlamento Europeu deve rectificar todos os acordos Europeus, tendo o poder para discutir assuntos com a Comissão Europeia e que enquanto supervisor das instituições europeias pode também exercer pressão política em questões sobre as quais ele não tem poder de decisão, o Manifesto apela à mobilização das ONGS.

Os ministros de países desenvolvidos e em desenvolvimento, responsáveis pelo cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, em particular por reduzir para metade a pobreza extrema e a fome até 2015, reconheceram que a realização destes objectivos supõe um aumento dos volumes de ajuda e de outros recursos afectados ao desenvolvimento.

Entre os países e organismos internacionais signatários da Declaração de Paris sobre a Eficácia da Ajuda ao Desenvolvimento encontramos, para além de diversos países europeus, a Comissão Europeia sempre disposta a associar-se a declarações de boa vontade esquecendo no entanto que se espera que os actos praticados tenham alguma coerência relativamente às vontades apregoadas.

A participação cidadã na Europa é um direito e um dever de todos nós. Querendo uma Europa aberta ao Mundo em que os Direitos Humanos sejam o mínimo denominador comum entre os povos e a Igualdade não apenas um ideal mas um projecto sério é preciso discutir que modelo de desenvolvimento queremos. É preciso que quando elegermos o Parlamento Europeu, enquanto representantes do povo europeu, votemos em quem defenda os nossos interesses e valores. Participar numa campanha que promova o debate de ideias, a transparência e a cidadania global é fundamental para que o projecto europeu seja um projecto do povo europeu.