Quartel general em Abrantes, neste caso quartel general em Washington.

Obama chegou no seu Air Force One. A expectativa era grande. Que diria o homem premiado com Nobel? Que perspectivas abriria ao mundo o seu novo “menino bonito”? Que portas de diálogo abriria? Que pontes conseguiria? Como exerceria o seu enorme poder?

Lula já tinha espalhado a sua brilhante demagogia e tinha recebido muitas palmas por se afirmar como chefe de uma potência em crescimento. O chefe do país onde ainda se pratica a escravatura subiu a parada ao oferecer apoio aos países mais pobres e arrancou uma salva de palmas.

Obama foi uma desilusão. Ao chegar declarou “não venho para falar mas para agir” e mais uma vez não fez nada. Como disse Chávez, saiu “pela porta pequena dos fundos”. Os EUA pareceram ter na China um aliado precioso para cozinharem o acordo do desassossego. Serão sinais de novos tempos?

A propósito, há uns anos participei na organização do Fórum Mundial dos Pescadores em Lisboa. Num dos debates interroguei o delegado chinês que não sabia falar português, inglês, francês, castelhano(…) sobre a gigantesca poluição na China. Respondeu a tradutora: “onde há pessoas há poluição”. E mais não quis dizer.

Mas a novidade melhor foi a participação dos activistas sociais. A boa mobilização e a boa mediatização abrem novas esperanças ao reavivar dos movimentos sociais. A ideia da realização de uma conferência conjunta de partidos e movimentos sociais europeus de esquerda volta a surgir como um objectivo necessário de construir.

A mobilização em Copenhaga convoca-nos para “a luta toda”.

Victor Franco

Informação mais detalhada sobre a cimeira aqui.