Nada de brincadeiras |
Sábado, 21 Novembro 2009 | |||
O Conselho Europeu, que reúne os chefes dos países da União Europeia, prosseguiu naturalmente a política conservadora na nomeação do dito Presidente do Conselho e da dita Alta Representante para a Política Externa. Naturalmente, o restrito grupo decisor não brinca em serviço – nunca brincou. Naturalmente que a solução a encontrar nunca daria espaço a qualquer veleidade. Naturalmente que a elite gestora da burguesia europeia, da política da guerra no Afeganistão e no Iraque, do Pacto de Estabilidade e das políticas neoliberais terá recebido imensas sugestões. Naturalmente que qualquer sugestão teria que aplicar subditamente a linha. Essa é a consequência, essa é a relação biunívoca, essa é a única materialidade possível nos órgãos consignados no Tratado de Lisboa – ao qual nos opusemos. Naturalmente, há gente que manda mais na União e sabe dispor peões no tabuleiro. Assim o fizeram com Durão Barroso – assim o fizeram agora. O negócio está bem feito. The new presidente vem do centro da Europa, emblemático pela sede do Parlamento Europeu, e no tabuleiro será quanto muito um bispo. O Sr. Herman tem a imposição de medidas de austeridade no currículo. Ora bem. The diplomat lady nem a bispo chega. No xadrez teríamos que inventar uma peça que só andasse 2 casas para a direita. Sim porque a cedência aos “socialistas” [do new labor] só é cedência à esquerda nos filmes da Pantera Cor-de-rosa. Quanto a currículo tem relevância o facto de ter sido nomeada, pelo Sr. Blair, líder da Câmara dos Lordes. Além disso é uma baronesa. Tudo boas referências! Dispostas mais umas peças no tabuleiro europeu nota-se a falta do jogo da esquerda. É um processo em construção.
Victor Franco
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A Comuna 33 e 34
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