Acreditar no Futuro |
Quarta, 28 Outubro 2009 | |||
O processo de humanização da sociedade contemporânea, sofre evidentes retrocessos muito por culpa dos governos reféns e subvertidos ao capitalismo. Estes, desistiram de apostar no modelo social para insistir no modelo capitalista neo-liberal. Este modelo que tem fomentado as desigualdades e provocado a asfixia económica, é o principal responsável por um mundo cada vez menos sustentável. Artigo de Paulo Cardoso Com impactos negativos em larga escala, são os jovens, que atingidos, não conseguem ter um projecto de vida e são herdeiros de um futuro hipotecado por políticas desastrosas. O Governo Sócrates empenhou-se em defender as grandes fortunas e a banca, deixando à sua sorte as vítimas de um sistema corrupto e viciado por entendimentos de favorecimentos económico - políticos. Os trabalhadores, em especial as mulheres e os jovens sujeitos ao Código Vieira da Silva (dito socialista), passaram a ser mera mercadoria laboral, descartável e sem direitos. Todas as alíneas dos direitos consagrados na lei não passam de meras intenções destronadas pela precariedade imposta por um código que permite o despedimento com base no livre arbítrio.
A participação dos jovens é condicionada pela falta de estabilidade e pelo crescente abuso das empresas. São constantes as ameaças de despedimento cada vez mais a exigir horas de trabalho extra sem retribuição e com a consequente falta de tempo e de disposição para outras actividades. Destas actividades destacam-se as dificuldades no acesso e direito ao sindicalismo e à criação de CT’s. Este é um ponto que vai decerto também afectar a vida das colectividades, não só pelo afastamento dos jovens, mas também porque muitos dos que foram os impulsionadores e garante do funcionamento destas instituições, são vítimas do mesmo problema. Esta é uma consequência terrível que preconiza o desmoronamento de uma sociedade eclética e plural, no campo desportivo e cultural. Durante 18 anos, sucessivos governos têm dado primazia à salvaguarda dos grandes interesses económicos num jogo de interesses entre as grandes empresas e classe política, num casamento perfeito. Os resultados estão à vista e a “factura” quem a vai pagar são os jovens que já começaram a perceber esta realidade (os novos “escravos-precários”). Os jovens estão a apostar no Bloco de Esquerda que defende uma viragem na política portuguesa, políticas para as pessoas e não para interesses capitalistas como defenderam até aqui os vários governos. Está na hora de dizermos que estamos fartos de tanta mentira e hipocrisia, um outro modelo de sociedade é possível e exigível. Só com políticas sociais sérias (sem aproveitamentos) e apostas sérias na educação e no investimento público é possível criarmos condições para que os jovens possam acreditar no futuro. Com a reeleição de Sócrates acreditar no futuro é difícil, mas eu acredito que com a constante e crescente indignação dos jovens o futuro mapa político vai mudar. O recente crescimento de jovens aderentes e a visível votação dos jovens no BE, bem como a sua participação nas mesas de voto são indicadores fortes de mudança no futuro. Rui Simplício, (Pres. Fedr Dist. PS – Portalegre), não conseguiu evitar a sua verborreia “inquinada” e quando, eufórico disse que o BE desapareceu do mapa, esqueceu-se de ler os números. O BE está em crescimento em toda a escala e ao contrário do PS não pretende expulsar, nem perder militantes, estamos a ganhar e em concreto ex. militantes do antigo PS (do punho fechado). Sempre é possível acreditar no futuro! Artigo de Paulo Cardoso
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