Com tranquilidade |
Sábado, 29 Agosto 2009 | |||
As eleições autárquicas serão as
mais difíceis para o Bloco de Esquerda. Mesmo assim o Bloco regista o maior
número de candidaturas de sempre e todos os registos anteriores são
ultrapassados largamente. Mas nas eleições autárquicas contaremos com
dificuldades que não se colocam em eleições anteriores:
Texto de Victor Franco - Sendo um partido de voluntariado o BE vai sentir mais dificuldades numa prolongada e intensa campanha que coincidirá, em grande medida, com as legislativas. Sendo um partido com menores meios financeiros o Bloco sentirá mais dificuldades em responder à imensidade comunicacional que os outros partidos proporcionam e terá mais dificuldades em comprar logística e meios técnicos que os outros dispõem. - Sendo eleições autárquicas a rede de influências locais, o polvo de interesses e dependência de subsídios que tantas vezes se constrói a partir do poder local dificulta ainda mais o exercício de cidadania e o activismo político. - Sendo eleições autárquicas muitas vezes as relações pessoais alteram apoios políticos. Encaramos tudo isto com tranquilidade. A esquerda moderna sabe desenvolver o combate sem sectarismos e respeitar diferenças e pessoas que em qualquer momento se diferenciam das escolhas bloquistas. Para a esquerda moderna todo o processo político é um espaço de conquista e de evolução. Sendo um processo evolutivo valorizamos aqueles e aquelas, todos e todas as cidadãs comuns da esquerda que connosco já assumem uma relação mais partilhada. Aqueles e aquelas que com a sua inteligência e generosidade já não esperam nada do PS, não ficam à espera do PCP e se juntam a nós nestas eleições autárquicas, sabem que fazem a escolha mais difícil. Esses e essas merecem agora um carinho e uma visibilidade reforçada. São desafiadoras as batalhas políticas que se avizinham. Pelos corredores do poder sopra um “vento forte” que o instabiliza e nas populações cresce a compreensão que poderá um dia transformar esse vento numa tempestade. E em todas as batalhas que se seguirão o Bloco continuará, tranquilamente, apelando à cidadania individual e colectiva, juntando forças. Sem sectarismos, nós cidadãos e cidadãs comuns da esquerda empenhar-nos-emos em mostrar que a esquerda não é burra!
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A Comuna 33 e 34
A Comuna 34 (II semestre 2015) "Luta social e crise política no Brasil" | Editorial | ISSUU | PDF
A Comuna 33 (I semestre 2015) "Feminismo em Ação" | ISSUU | PDF | Revistas anteriores
Karl Marx