Crise… só para alguns !!! Versão para impressão
Domingo, 04 Julho 2010

2009: Portugal ganhou 600 novos milionários e o Mundo mais 14%

1.As cimeiras do fim de semana do G8 e do G20 definiram como prioridade, o combate ao défice ou seja mais austeridade e o perigo de deflacção, em vez de apoiar a  economia, o crescimento e o emprego e enfrentar a especulação financeira.

2.Globalmente a crise tem significado mais desemprego e precariedade, gerado mais impostos directos e indirectos e perca de poder de compra, violento ataque aos salários directos e indirectos e aos direitos sociais na Europa, pondo em causa os níveis dos Estados sociais e contrato social assumido no pós – II.ª Guerra Mundial, com um gravíssimo ataque à legislação laboral e à protecção no emprego e à segurança e protecção social, nomeadamente, no desemprego, nas pensões e no combate à pobreza.

3.Mas, mesmo com esta crise, há quem lucre com ela, no momento em que as desigualdades sociais se aprofundaram, a riqueza privada mundial em 2009 aumentou em 11,5%, elevando-se para um total 11,2 milhões de multimilionários (que têm uma fortuna pessoal superior a 1 milhão de dólares) que apesar de constituírem menos de 1% da população mundial são detentores de 38% da riqueza global, ou seja, mais de 2% do que em 2008.
Em Portugal, em 2009, pese ter sido ano de recessão, a praça portuguesa valorizou em 33,5% e 600 novos multimilionários, num total de 11 mil multimilionários.

4.   Enquanto os ricos ficam mais ricos, todas as medidas são para que os mais pobres fiquem mais pobres. 212 milhões de pessoas não têm emprego no mundo (+13%) em 2009, ano em que mais de 89 milhões de pessoas se puderam juntar aos 1,4 mil milhões de pobres estimados em 2005. Na U.E. admite-se que a pobreza se alargou e se situa, hoje, em 120 milhões de pessoas.
Em Portugal, 91% dos portugueses sentem que há mais pobreza. Continuamos a ser o 9.º País mais pobre da U.E.. O corte nas medidas sociais de emergências perante a crise, nos apoios sociais, até 2013, pode atingir os 2,3 mil milhões de euros.
Esta brutalidade social atinge todos os que trabalham, os desempregados e os pensionistas.

5.  O governo PS com o PSD/Passos Coelho puseram fim às medidas sociais anti-crise, ao mesmo tempo que prolongaram até Dezembro as medidas de apoio à Banca, aprofundando as desigualdades sociais ao mesmo tempo que reforçam a financiarização da economia e o capital especulativo.

6.  Fica assim demonstrado que a crise …. é só para alguns e sempre para os mais pobres e desfavorecidos, colocando-se a exigência da organização da resistência social e da luta mais forte e geral.

Artigo de José Casimiro

 

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