Controlar a REN é controlar o país |
Sábado, 10 Abril 2010 | |||
As intenções de privatização das Redes Energéticas Nacionais (REN), no âmbito do PEC, mostram como o PS se perdeu de amores com o neoliberalismo. O que interessa aqui perceber é a absoluta e total dependência do país face à REN. Se por qualquer motivo a estrutura da REN deixasse de funcionar pura e simplesmente o país entrava em colapso total. Em consequência, entregar a REN a capitais privados é sujeitar a vida de 10 milhões de pessoas aos critérios obscuros do negócio privado. Os futuros detentores do capital da REN terão uma força de pressão sobre o Estado absolutamente inimaginável. Como demonstraram os gigantescos apagões que há uns anos atrás percorreram a Europa e as Américas, afectando vários países e muitas dezenas de milhões de pessoas, a produção e as redes de transporte e distribuição de energia não podem ficar sob controlo dos privados. Sedentos de lucro a curto prazo o capitalismo especulativo introduziu-se no sistema energético e subfinanciou a sua manutenção e modernização tornando-o incapaz de responder às necessidades do próprio sistema de desenvolvimento capitalista. Na energia a rentabilidade aumenta com a capacidade de transporte e interligação levada ao seu máximo. É como numa auto-estrada, ela dará mais lucro quanto maior for a densidade de carros e a carga transportada no tempo menor que demore a percorrer o percurso. Mas se há um acidente o sistema colapsa em dominó. Outros, como Mário Soares, invocam permanentemente a necessidade da ética imperar na economia. Vale mais ir pregar contos infantis no Largo do Rato. A ilusão, social-democrata, de tanto apregoada, crescerá e voltará a ter espaço nas massas - mas terá pés de barro. Victor Franco
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A Comuna 33 e 34
A Comuna 34 (II semestre 2015) "Luta social e crise política no Brasil" | Editorial | ISSUU | PDF
A Comuna 33 (I semestre 2015) "Feminismo em Ação" | ISSUU | PDF | Revistas anteriores
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