Greve Geral - a resposta necessária! |
Segunda, 22 Novembro 2010 | |||
Desemprego, precariedade, baixa de salários e pensões, cortes nos apoios sociais, aumento dos impostos, desrespeito pelos compromissos, falta à palavra dada, são as fundamentais razões que determinam o reacendimento da luta. Passados 22 anos, é de novo possível fazer uma Greve Geral de grande amplitude juntando as duas Centrais Sindicais, muitos sindicatos independentes, associações e movimentos diversos. A defesa da dignidade, da democracia, da liberdade individual e colectiva, ganha força e expressão prática quando Centrais Sindicais, movimentos autónomos e sectores tradicionalmente indiferentes às lutas confrontam o poder com a inevitabilidade dos enormes sacrifícios a cobro duma crise que não provocaram. Confrontam o governo com a inevitabilidade do combate ao défice, do pagamento da dívida pública, em contraponto com a fuga aos impostos de prémios milionários, com os enormes lucros diários da banca, com os insultuosos negócios opacos, com a promiscuidade nos altos cargos das empresas publicas, com a acumulação da riqueza em muito poucos. É a consciência social que cresce no seio da esmagadora maioria da população, na exacta proporção da dimensão do ataque às suas vidas e aos direitos conquistados. É a consciência do sujeito determinado a contribuir para a transformação desta sociedade injusta e desigual que ganha força e se agiganta. É a determinação de não calar a revolta - porque se o fizer “consente” -, que é posta em evidência. E se por um momento apenas, a burguesia instalada ou o capital financeiro que nos domina, subscreveu o pensamento dos que, preconizando o fim da história ou o fim da luta de classes, se convenceu que os de baixo não se levantarão será confrontada com o seu monumental engano. Por mais adversas que sejam as condições subjectivas para o reacendimento da luta, por mais que insistam na propaganda ideológica de que só pode ser assim, a capacidade de juntar forças, a convicção da razão e necessidade dessa força ganha espaço e novas formas de reagrupamento. A unidade em torno de pontos comuns, independentemente das diferentes concepções de modelo formatado ou não, é o segredo da vitória desta GREVE GERAL. A criação de movimento de confronto com o capital tem que ser inevitavelmente plural. E plural quer dizer liberdade, democracia, capacidade inventiva a proposta clara. Abolir estereótipos de tutelas ou chancelas que não se adequam à situação presente é uma necessidade. Só dessa forma é possível que tod@s e cada um/a se sintam parte integrante da luta numa sociedade de estrutura complexa, heterogénea, composta por massas mais informadas e atentas. É por isso que é tão importante que esta Greve Geral seja a greve em que se revejam milhões. Não seja só dos que trabalham por conta de outrem. Ela tem que ser dos desempregados, dos precários, dos pensionistas dos públicos e dos privados. Porque a GREVE GERAL é hoje a reposta necessária! Mariana Aiveca
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A Comuna 33 e 34
A Comuna 34 (II semestre 2015) "Luta social e crise política no Brasil" | Editorial | ISSUU | PDF
A Comuna 33 (I semestre 2015) "Feminismo em Ação" | ISSUU | PDF | Revistas anteriores
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