Quis rasgar os poemas/ E as filosofias/ Éticas e estéticas/ E as sabedorias
Senti no frio da matéria/ O ardor da distância/ Descobri nas palavras ao vento/ A cúmplice da frustração,/ o par da ânsia/ E gritei, por fim,/ com toda a violência:
Quando a opressão aumenta / Muitos se desencorajam / Mas a coragem dele cresce. / Ele organiza a luta / Pelo tostão do salário, pela água do chá / E pelo poder no Estado. / Pergunta à propriedade: / Donde vens tu? / Pergunta às opiniões: / A quem aproveitais?
Não deixa de ser simbólico que 1º de Dezembro, dia da Restauração da Independência, seja um dos dias que o Governo pensa suprimir no próximo ano. (...) Neste 1º de Dezembro, que ainda será feriado, reclamo a independência das jovens e dos jovens que não aceitam ser convidados a sair do seu país por nenhum secretário de estado, reclamo a autodeterminação de todos os povos europeus em solidariedade, luto por uma Europa da paz, do desenvolvimento e do progresso.
A questão da independência nacional leva-nos a editar um texto de Lénine, integrado no "sobre o direito das nações à autodeterminação" que, apesar de um pouco longo, traça um interessante debate com Rosa Luxemburgo. "Pelos vistos a «prática» Rosa Luxemburg desconhece qual foi a atitude de K. Marx para com a questão da independência da Irlanda. Vale a pena determo-nos nisto para mostrar a análise, de um ponto de vista efectivamente marxista e não oportunista, de uma reivindicação concreta de independência nacional".
As políticas de uniformização da diversidade e de estabilização do conflito são orientadas para garantir ao arbítrio da finança a manutenção do domínio do concreto através do virtual e da submissão da vida social aos interesses da vampiragem sem freio.