Cuba, um dos poucos Estados que ainda tem a ousadia de se auto-caracterizar socialista, faz uso de uma retórica anti-guerra, anti-imperialismo e pelos Direitos Humanos. Advoga toda essa malha discursiva com a teoria anti-império (legitima por si só, mas não legitimadora de tudo).
O mais recente exemplo de que o capitalismo não tem resposta aos problemas sociais que esta crise trouxe aos povos da Europa está visível no tipo de ajuda que a União Europeia oferece à Grécia. Quando o grande flagelo do desemprego, da precariedade, do aumento das desigualdades sociais num país que, nesta altura, não conhece outra realidade que não a destruição que o próprio sistema pode ter no âmago da classe trabalhadora e do próprio sistema em si, a resposta da União Europeia é austeridade e talvez um FME (cover europeia do FMI) que imponha essa mesma austeridade.
Clara Zetkin (1857-1933) constitui uma referência na acção internacionalista e na mobilização das mulheres. Socialista-Marxista, Clara Zetkin foi defensora da perspectiva dos interesses não homogéneos das mulheres, dada a sua pertença a diferentes classes sociais e colocava como factores de emancipação os direitos políticos, entre os quais, o direito ao voto e a integração das mulheres na produção.
A “roupagem” com que vem
transvestida é muito semelhante à que nos foi apresentada no ano 2000 quando
foi apresentada a estratégia de Lisboa. Significa o reconhecimento da falência
de um modelo «económico baseado no conhecimento mais dinâmico e
competitivo do mundo até 2010» que se propunha
concorrer com os EUA e o Japão pela liderança mundial, quando é hoje unanimemente reconhecido e ainda mais notório o
deslocamento do centro da hegemonia mundial para o Pacifico.
Vale a pena recordar as 146 mulheres trabalhadoras que morreram, a 8 de Março de 1908, incendiadas da fábrica têxtil Cotton de Nova York a lutar contra os baixos salários e as condições indignas de trabalho.(…) Mas vale ainda mais a pena evidenciar alguns dos dados da realidade da desigualdade aqui e agora: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 de Março: (...)
Esta greve representa uma primeira
resposta com força, à política anti-social e laboral com que o
governo Sócrates II confronta os que vivem do trabalho.