Comuna 26, Editorial |
Segunda, 03 Outubro 2011 | |||
Se há frase que faz cada vez mais sentido é a de que a ofensiva neoliberal atinge níveis sem precedentes. Suportada por uma ampla maioria parlamentar, onde se inclui o PS, apoiada por um presidente conservador, assente na chantagem da troika e da aparente submissão das massas, esta ofensiva vai atingir uma brutalidade inaudita. A financeirização do capitalismo traz consigo a destruição geral do Estado social sugado em prol da banca e de uma rápida acumulação de capital que ajude a burguesia a sair da crise. Esta nova característica do imperialismo traz consigo uma violência multifacetada em sem precedentes, uma violência contra os povos e a população mais desfavorecida. Essa violência exprime-se na fome que está a ser imposta pela especulação financeira a milhões de pessoas [aqui tratada pela Rita Silva e pelo Pedro Soares], nos programas de privatização e destruição dos serviços públicos [Pedro Filipe, Nádia Cantanhede, Ana Cansado, Paulo Mendes e Alberto Matos], favorece movimentos de extrema-direita e a perseguição terrorista sobre as massas e as pessoas diferentes [Montserrat Abumalham e Rui Abreu], interroga as acções e os movimentos de resposta a essa violência porque não se quer fazer qualquer coisa [Luís Fazenda, Victor Franco e Mário Tomé], domestica e torna actores reaccionários os partidos ditos socialistas [Isabel Pires e Fabian Figueiredo] ou mostra toda a sua podridão no exemplo italiano [Carmine Cassino]; essa violência exige a acção popular pois só ela pode defender a centralidade da democracia [Joana Mortágua e Bruno Góis]. Com esta revista trazemos novas indagações. A resposta à brutalidade do capital tem que ser comandada pela razão e pela busca do apoio de massas, por isso polemizamos com respostas vindas de origens tidas como do anarquismo ou do trotskismo. Com esta revista procuramos diálogos porque só eles fazem o encontro dos caminhos e os caminhos precisam de ser trilhados; não queremos ser os únicos a olhar o futuro, queremos juntar forças na esquerda e na luta. Convergências, como escreve o Alberto Matos, não se fazem sem programas claros e sem acção, fazem-se porque queremos ajudar a reconquistar a esperança perdida por um povo que se julga na inevitabilidade da pobreza. Eis as emergências: dinamizar a luta social, lutar pela democracia! Victor Franco
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A Comuna 33 e 34
A Comuna 34 (II semestre 2015) "Luta social e crise política no Brasil" | Editorial | ISSUU | PDF
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